segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Orientação vocacional tem ajudado jovens na escolha da profissão



Natã Cajaíba

No Ensino Médio, muitos jovens começam a se preparar para o vestibular e com isso se deparam com um dilema recorrente, a escolha da área profissional que desejam seguir. A principal alternativa para ajudar os adolescentes nessa decisão são os testes vocacionais acompanhados de orientação vocacional. Entretanto, muitas pessoas desconhecem as diferenças entre os dois métodos.

Os testes vocacionais são compostos de perguntas que analisam as habilidades do individuo, e relacionam as repostas com as profissões em que ele teria mais afinidade, porém nem sempre são eficazes e objetivos. Para que o resultado seja mais satisfatório, é preciso que um profissional especializado, como um psicólogo, analise e interprete o teste, além de orientar o jovem, trabalhando o autoconhecimento do mesmo.

De acordo com a professora e psicóloga Flavia Henriques, existe uma diferença muito grande entre teste e orientação vocacional, sendo o primeiro apenas uma parte do processo. “A principal diferença, entre o teste e a orientação vocacional, é que o teste é apenas uma etapa da orientação que exige um acompanhamento, analisando as características e montando um perfil da pessoa” explica Flavia, que trabalha na aplicação de testes vocacionais e orientação há mais de 40 anos.

O autoconhecimento é a principal etapa no processo de escolha da profissão, pois conhecendo a si mesmo e suas habilidades, o jovem se sente mais seguro e confortável na hora da decisão. A segunda etapa do processo é a seleção de profissões com que o adolescente mais se identifica, e o contato com profissionais e estudantes das áreas, para que o mesmo consiga colher informações sobre elas. 

“Existem diversos lugares, em que as pessoas podem encontrar orientação profissional, e aplicação de testes especializados que a ajudem na escolha da profissão, como em feiras de profissões realizadas pelas universidades da baixada”, ressalta a psicóloga.

É indicado que os testes vocacionais sejam realizados presencialmente, e em locais especializados na aplicação dos mesmos, pois muitos testes encontrados na internet, por exemplo, são ineficazes e não possuem nenhuma comprovação de resultado. “Além de não ser suficiente, a pessoa pode burlar as perguntas com respostas não objetivas, ou que não sejam completamente honestas” salienta Flavia.

O orientador tem o papel de auxiliar a pessoa a compreender melhor ela mesma, e a descobrir quais são seus sonhos, objetivos e desejos.  A estudante de psicologia Ana Paula Vidal, de 21 anos, conta como sua experiência com o teste e orientação vocacional, a ajudou a escolher qual área seguir. “O teste foi aplicado na minha escola. Na época não tive uma orientação adequada, mas acabou que o resultado mostrou algo na área da saúde e hoje eu curso psicologia”. Ana Paula realizou outros testes online, mas os resultados não foram satisfatórios. “Os testes precisam ser aplicados por alguém especializado, e que interprete as respostas e o resultado. Na internet eles são vagos e muitos não são confiáveis” completa Ana Paula.

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