Natã Cajaíba
No Ensino Médio, muitos jovens começam a se preparar
para o vestibular e com isso se deparam com um dilema recorrente, a escolha da
área profissional que desejam seguir. A principal alternativa para ajudar os
adolescentes nessa decisão são os testes vocacionais acompanhados de orientação
vocacional. Entretanto, muitas pessoas desconhecem as diferenças entre os dois
métodos.
Os testes vocacionais são compostos de perguntas que
analisam as habilidades do individuo, e relacionam as repostas com as
profissões em que ele teria mais afinidade, porém nem sempre são eficazes e
objetivos. Para que o resultado seja mais satisfatório, é preciso que um
profissional especializado, como um psicólogo, analise e interprete o teste,
além de orientar o jovem, trabalhando o autoconhecimento do mesmo.
De acordo com a professora e psicóloga Flavia
Henriques, existe uma diferença muito grande entre teste e orientação
vocacional, sendo o primeiro apenas uma parte do processo. “A principal
diferença, entre o teste e a orientação vocacional, é que o teste é apenas uma
etapa da orientação que exige um acompanhamento, analisando as características
e montando um perfil da pessoa” explica Flavia, que trabalha na aplicação de
testes vocacionais e orientação há mais de 40 anos.
O
autoconhecimento é a principal etapa no processo de escolha da profissão, pois
conhecendo a si mesmo e suas habilidades, o jovem se sente mais seguro e
confortável na hora da decisão. A segunda etapa do processo é a seleção de
profissões com que o adolescente mais se identifica, e o contato com
profissionais e estudantes das áreas, para que o mesmo consiga colher
informações sobre elas.
“Existem diversos lugares, em que as pessoas podem
encontrar orientação profissional, e aplicação de testes especializados que a
ajudem na escolha da profissão, como em feiras de profissões realizadas pelas
universidades da baixada”, ressalta a psicóloga.
É indicado que os testes vocacionais sejam realizados
presencialmente, e em locais especializados na aplicação dos mesmos, pois
muitos testes encontrados na internet, por exemplo, são ineficazes e não
possuem nenhuma comprovação de resultado. “Além de não ser suficiente, a pessoa
pode burlar as perguntas com respostas não objetivas, ou que não sejam
completamente honestas” salienta Flavia.
O orientador tem o papel de auxiliar a pessoa a compreender
melhor ela mesma, e a descobrir quais são seus sonhos, objetivos e
desejos. A estudante de psicologia Ana
Paula Vidal, de 21 anos, conta como sua experiência com o teste e orientação
vocacional, a ajudou a escolher qual área seguir. “O teste foi aplicado na
minha escola. Na época não tive uma orientação adequada, mas acabou que o
resultado mostrou algo na área da saúde e hoje eu curso psicologia”. Ana Paula
realizou outros testes online, mas os resultados não foram satisfatórios. “Os
testes precisam ser aplicados por alguém especializado, e que interprete as
respostas e o resultado. Na internet eles são vagos e muitos não são
confiáveis” completa Ana Paula.
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