domingo, 25 de agosto de 2019


Lucrar com artesanato é um desafio para artistas
Gabriel Bruno

   Aliar o valor de um produto à originalidade na criação é um dos principais desafios para quem trabalha com artesanato. Ontem, no Dia do Artista, na feira de artesanato na estação do Valongo em Santos, juntou alguns artesões da região.

   Dentre os tipos de arte, o artesanato é um ramo de trabalho que utiliza produtos naturais e materiais sustentáveis. Jussara Madeira, que trabalha com artesanato fazendo crochê há 35 anos disse que para lucrar precisa aumentar o valor de sua criação “Gasto 15 R$ para fazer cada peça, para lucrar eu deveria cobrar três vezes o valor, mas cobro só o dobro por causa da renda das pessoas que vem aqui porque se não eu não vendo”.

   Outro tipo de arte encontrada na feira é a pintura, Beth Rose trabalha com pintura há 30 anos fazendo várias telas. Como compra as tintas e os pinceis que duram mais tempo e as telas são baratas, ela cobra mais pela mão de obra “em média coloco 50% ou mais dependendo da tela”.

   Maria de Fatima Santos compra móveis velhos e utiliza a madeira para fazer caixinhas de madeira. Trabalha hoje junto com o marido vendendo essas caixas “gastamos em média 300 R$ contando a madeira, as colas e as ferramentas. Então tenho que colocar uns 70% em cima do valor para lucrar bem”.

   Daniele Marteira trabalha doze anos com artesanato com o marido fazendo imãs e miniaturas. Os produtos vão de R$10, 00  até R$95, 00. “Todos os meus produtos eu coloco 30% em cima do valor para lucrar. Os imãs são caros e as miniaturas gastam muito material e tempo”.

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