Comerciantes da Ponta da Praia
dividem opiniões quanto a modernização do bairro
João Lucas Alves
Com as obras na Ponta da Praia já
acontecendo, comerciantes e trabalhadores locais vivem a expectativa de
melhorias na movimentação e estrutura local. Mas, mesmo com otimismo evidente,
ainda dividem opiniões quanto as consequências, da modernização, em seus
estabelecimentos e postos de trabalho.
O proprietário da loja de
bicicletas American Ciclo, Nelson Anastácio de 59 anos, diz que acredita no
projeto de modernização, porém expressa suas críticas quanto a execução das
obras. Conta que durante um tempo, teve que operar em meio período por conta
das obras na calçada e que, para ele, o material é de qualidade duvidosa. Crítica,
também, a mudança das pedras portuguesas presentes na orla da praia por cimento
comum, dizendo que tal mudança descaracteriza a cidade de santos. “Não vai
durar 50 anos. Se durar, dura um ano”.
O proprietário de uma banca de
jornais, José Francisco, de 47 anos, localizada na Avenida Rei Alberto I e
expressou sua indignação à mudança do fluxo e parada de ônibus na avenida para
o novo terminal da Dersa, empresa responsável pela travessia de balsas entre
Santos e Guarujá. Tal modificação forçará os comerciantes e ambulantes da
avenida a rever sua localização, e provavelmente se relocar dentro das
condições. Muitos deles não possuem tal condição e instrução sobre a alteração,
e na palavra de José “todos querem saber como vão ficar”.
Porém mesmo com algumas ressalvas
e críticas, o clima transparece um otimismo com a promessa da nova e moderna Ponta
da Praia. A gerente da Empório Primos, Vera Lúcia, conta que “quando se tem um
comércio se paga até a respiração”, se referindo a taxas e impostos. Por isso,
se vê otimista quanto às mudanças. Da mesma forma o frentista do Posto
Ipiranga, Josué Jeremias, de 40 anos, e o comerciante e dono de três
estabelecimentos, José Francisco, o Historinha, de 46 anos, ambos em frente a
travessia de barcas Santos e Guarujá, estão otimistas em relação às obras,
esperando uma melhora no movimento de consumidores e estrutura do bairro.
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