sábado, 21 de maio de 2016


A nova roupagem da moda

Texto e foto: Victória Faro

Para quebrar paradigmas, se adequar ao público e se tornar acessível, a
moda definitivamente não é mais aquela do passado. Foi o que afirmou Andréa
Cabral, publicitária especialista em marketing de moda, formada pela Unisantos
em 2008, no terceiro dia de palestras da III Jornada de Educação e Comunicação.

Constituída por mulheres reais, de todos os tipos, tamanhos, cores,
corpos e cabelos, Andréa usa de exemplo marcas como a linha de maquiagem
“Quem disse, Berenice?” e os famosos calendários da “Pirelli” que já utilizam
em seus catálogos esse tipo de ideia.

O conceito é simples, a moda deixa de ter aquelas características de
proporções ditas perfeitas e se torna uma oportunidade para qualquer pessoa.
Qualquer um é livre para usar o tipo de roupa que gosta, ter o corpo com o qual
se sente bem ou corte de cabelo que mais lhe agrada. A moda não é mais uma
questão do inalcançável, o que não se pode ser, e passa a oferecer de tudo e
deixa o consumidor livre para escolher o que lhe agrada.

Andréa Cabral, publicitária especialista em marketing de moda

A publicitária lembra que tudo está em transformação. As referências
que antigamente vinham de atrizes e cantoras, hoje vem da internet. As
blogueiras desde 2008 vem ocupando importante função na evolução do
mercado. Trazendo as novidades do munda da moda de maneira mais
acessível, a moda do cotidiano se tornou muito mais atrativa do que aquela que
só se afastava do público. Não é à toa que são elas que hoje compõe a
primeira fileira das principais semanas de moda mundiais.

Além disso, a estratégia atual, e aqui ela se refere a publicidade de
maneira geral, é digital. A timeline é muito mais importante que o comercial
televisivo. Afinal, mesmo com a televisão ligada, se o celular estiver na mão do
consumidor, uma imagem bem produzida para as redes sócias muitas vezes
chamam mais atenção que um comercial na televisão.

Andréa, que hoje trabalha com grandes marcas como C&A e Carrera
Jeans, entende que a desconstrução de qualquer conceito exige esforço e
tempo, mas acredita no potencial que a moda e as marcas tem para fazer com
que qualquer um possa ser aquilo que quer ser.

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